Ao que se sabe, as primeiras casas que serviram refeições […] não usavam cardápios escritos. Os garçons guardavam na memória os pratos disponíveis, mesmo porque estes eram mudados todos os dias.
No intuito de oferecer um entretenimento até certo ponto teatral, muitos restaurantes insistiam que seus garçons falassem para os clientes a respeito das especialidades servidas no dia […]
Alguns restaurantes de Paris adotaram o sistema de listar os pratos oferecidos em um quadro que ficava na entrada do restaurante ou dependurado na parede, de modo que seus clientes pudessem escolher melhor o que pediriam […].
Passado algum tempo, alguns desses restaurantes descobriram que o atendimento e a forma de se fazer o serviço de mesa eram fatores que agregavam valor para os clientes e, com esse intuito, passaram a escrever o cardápio em tábuas menores, para que os garçons as pendurassem na cintura, de modo que pudessem ler quando tivessem dúvidas sobre algum dos pratos servidos.
Curiosidade interessante é a posição na qual esse cardápio era carregado, de cabeça para baixo, pois a idéia era facilitar a visualização do garçom, não dos comensais. Assim, o garçom apenas a levantava e tinha condições de ver toda a lista.
Alguns clientes passaram a solicitar aos garçons que lhes fosse entregue a tábua que traziam à cinta, para que pudessem escolher melhor seus pratos. Assim, ela passou a ser mais bem elaborada no seu aspecto visual.
O costume difundiu-se por todo o mundo, de modo que, ainda hoje, os garçons usam o cardápio. Atualmente, os cardápios não estão mais pendurados à cinta dos garçons, mas em suas mãos, para serem entregues aos clientes, nas mesas, para a escolha dos pratos.